domingo, 3 de julho de 2011

EREP sem TED's?

O desafio de construir um EREP – Por que queremos superar o modelo de TEDs?

Após muitas reflexões e experiências de participação nos EREPs anteriores, desta vez nós estamos coletivamente ambicionando construir um EREP que não necessite de um espaço específico e privilegiado de trocas, encontros e diversidades atravessados pela visão da comissão organizadora. Gostaríamos de proporcionar a todos os momentos do EREP aquilo que os TEDs oferecem de melhor, sem a necessidade de se formalizar um espaço em que todos os participantes do evento sejam convocados a comparecer a uma única atividade, que envolve convidados externos e falas compridas, durante as quais acabamos ficando quase o tempo todo sentados ouvindo alguém. Nos parece que é ainda se acaba caindo em uma certa medida no modelos de palestras e seminários verticais que gostaríamos de superar.

Isso significa que não haverá convidados ou espaços de discussão? Não, apenas significa que nós não queremos que a nossa programação tenha esses momentos “duros”, durante os quais nenhuma atividade “oficial” acontece. Seguindo o ideal de muitos EREPs dentro de um EREP, os EROS serão os momentos em que poderemos convidar pessoas – ou em que as pessoas poderão (e deverão!) se convidar para transmitir alguma coisa para todos os erepianos interessados. Todavia, esse momento não será definido por nós enquanto organização, mas sim pelo nosso amigo erotista, de modo que poderá ocorrer dois ou mais EROS ao mesmo tempo, ou EROS e ELFOs ao mesmo tempo, ou um EROS acontecendo e o seu EREP acontecendo de outra maneira em outro espaço, e isso tudo incorporado à práxis erepiana.

Justamente por isso que estamos apresentando esse desafio para todos os corepianos, para que possamos criar essa programação rizomática juntos, desde agora, coletivamente e de todos os lugares da região sul. Será como um EREP com inúmeros TEDs, ou então sem nenhum TED, dependendo de como você preferir encarar o negócio. O importante é que estamos ousando inventar uma programação descentralizada do EREP-SUL e abraçando as vivências, micro-vivências e linhas de fuga como parte da programação libertadora do EREP.

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